terça-feira, 28 de junho de 2011

J.C.I.-O que é?

A missão da JCI é a melhoria contínua da Segurança e qualidade dos Cuidados de Saúde na Comunidade Internacional através do fornacimento de serviços de educação e consultoria e acreditação e certificação internacional. Tem 6 Metas essenciais que devem ser cumpridas para que o Processo de Acreditação evolua:

Meta 1: Identificar os pacientes correctamente

A organização desenvolve uma abordagem para melhorar a precisão da identificação de pacientes.

Propósito
Erros de paciente trocado ocorrem em virtualmente todos os aspectos de diagnósticos e tratamento. Pacientes podem estar sedados, desorientados ou não completamente alertas, podem trocar de leito, quarto, ou local dentro da organização; podem ter deficiências sensoriais ou podem estar sujeitos a outras situações que podem levar a erros de identificação. Essa meta tem dois propósitos: primeiro, fazer a identificação confiável do paciente como a pessoa a qual o serviço ou tratamento se destina; segundo, combinar o serviço ou tratamento com aquele paciente específico.

As políticas e/ou procedimentos são colaborativamente desenvolvidas para melhorar os processos de identificação - em particular, os processos usados para identificar um paciente ao ministrar medicamentos, sangue ou produtos de sangue; retirar sangue ou outras amostras para exame clínico; ou o fornecimento de quaisquer outros tratamentos ou procedimentos. As políticas e/ou procedimentos requerem pelo menos duas formas de identificar um paciente, tais como seu nome, número de identificação, data de nascimento, ou outras formas. O número do quarto do paciente ou local não pode ser usado para identificação. As políticas e/ou procedimentos esclarecem o uso de dois identificadores distintos em diferentes locais na organização, tais como cuidado ambulatorial ou outros serviços de paciente externo, o serviço de urgência, ou bloco operatório. A identificação do paciente em coma sem identificação também está incluída. Um processo colaborativo é usado para desenvolver as políticas e/ou procedimentos para garantir que apliquem todas as possíveis situações de identificação.


Meta 2: Melhorar a comunicação eficaz
A organização desenvolve uma abordagem para melhorar a eficiência de comunicação entre cuidados da saúde.

Propósito
A comunicação eficaz - a qual é oportuna, precisa, completa, não ambígua e entendida pelo receptor - reduz erros e resulta em maior segurança dos pacientes. A comunicação pode ser electrónica, verbal ou escrita. As comunicações mais susceptíveis a erro são pedidos de cuidado ao paciente feitos verbalmente e aqueles por telefone, quando permitido nas leis e regulamentos locais. Outra comunicação susceptível de erro é a informação do relatório de resultados de exames críticos, tais como o laboratório clínico telefonando para a organização para informar os resultados de valores críticos de laboratório. A organização desenvolve colaborativamente uma política e/ou procedimento para pedidos verbais ou por telefone que incluam por escrito, legivelmente (ou digitando em um computador), os pedidos completos ou resultado de exames pelo receptor da informação; o receptor lê o pedido ou resultado do exame; e a confirmação que o que foi escrito e lido são precisos. A política e/ou procedimento identifica alternativas permissíveis quando o processo de leitura nem sempre é possível, tal como na sala de cirurgia ou em situações de emergência no departamento de emergência ou unidade de cuidados intensivos.


Meta 3: Melhorar a segurança de medicamentos de alto risco
A organização desenvolve uma abordagem para melhorar a segurança de medicamentos de alto risco.

Propósito
Quando medicamentos são parte do plano de tratamento do paciente,a gestão apropriada é crítica para garantir a segurança do paciente. Medicação de alto risco é aquela envolvida numa alta percentagem de erros e/ou eventos sentinela, medicação que carrega um alto risco de resultados adversos, bem como medicação com grafia e pronúncia semelhantes. Listas de medicamentos de alto risco estão disponíveis a partir de organizações como a World Health Organization ou o Institute for Safe Medication Practices. Um problema de segurança de medicamentos frequentemente citado é a administração intencional de electrólitos concentrados (por exemplo, cloreto de potássio [igual ou maior do que 2 mEq/ml concentrado], fosfato de potássio [igual ou maior do que 3 mmol/ml], cloreto de sódio [maior do que 0,9% concentrado], e sulfato de magnésio [igual ou maior do que 50% concentrado]). Erros podem ocorrer quando a equipa não está orientada correctamente para a unidade de cuidado ao paciente, quando enfermeiras contratadas são usadas e não orientadas correctamente, ou durante emergências. Os meios mais eficientes para reduzir ou eliminar essas ocorrências é desenvolver um processo para gestão de medicamentos de alto risco que inclua a remoção de eletrólitos concentrados da unidade de cuidado ao paciente para a farmácia.

A organização desenvolve colaborativamente uma política e/ou procedimento que identifica a lista da organização de medicamentos de alto risco baseada em seus próprios dados. A política e/ou procedimento também identifica quaisquer áreas onde electrólitos concentrados são clinicamente necessários conforme determinado pela evidência e prática profissional, como o departamento de emergência ou bloco operatório, e identifica como eles são claramente rotulados e armazenados nessas áreas de uma maneira que restrinja o acesso para prevenir administração inadvertida.


Meta 4: Garantir local correcto, procedimento correcto, cirurgia do paciente correcto
A organização desenvolve uma abordagem para garantir local correcto, procedimento correcto e cirurgia do paciente correcto.

Propósito
Local incorrecto, procedimento incorrecto e cirurgia do paciente incorrecto é uma ocorrência comum alarmante em organizações de cuidados de saúde. Esses erros são o resultado da comunicação ineficiente ou inadequada entre os membros da equipa cirúrgica, falta de envolvimento com o paciente na marcação do local e falta de procedimentos de verificação do local de operação. Além disso, avaliação do paciente inadequada, revisão do processo clínico inadequada, uma cultura que não apoia a comunicação aberta entre os membros da equipa cirúrgica, problemas relacionados a manuscritos ilegíveis e o uso de abreviações são frequentes factores de contribuição.

As organizações precisam desenvolver colaborativamente uma política e/ou procedimento que sejam efectivos na eliminação desse problema alarmante. A política inclui uma definição de cirurgia que incorpora pelo menos esses procedimentos que investigam e/ou tratam doenças e distúrbios do corpo humano através de corte, remoção, alteração, ou inserção de sondas de diagnóstico/terapêuticas. A política se aplica a qualquer local na organização onde esses procedimentos são executados. Práticas baseadas em evidência são descritas no The (US) Joint Commission's Universal Protocol for Preventing Wrong Site, Wrong Procedure, Wrong Person Surgery™.

Os processos essenciais encontrados no Protocolo Universal são
·         marcação do local de cirurgia;
·         o processo de verificação pré-operatória e
·         o intervalo dado imediatamente antes do início de um procedimento.

A marcação do local de cirurgia envolve o paciente e é feita com uma marca reconhecível instantaneamente. A marca deve ser consistente através da organização, deve ser feita pela pessoa que executa o procedimento, deve ser feita com o paciente acordado e a par, se possível, e deve ser visível após o paciente estar preparado e vestido. O local de cirurgia é marcado em todos os casos envolvendo lateralidade, estruturas múltiplas (dedos, pés, lesões), ou múltiplos níveis (espinha).

O propósito do processo de verificação pré-operatória é
·         verificar o local, procedimento e paciente corretos;
·         garantir que todos os documentos relevantes, imagens e estudos estão disponíveis, identificados corretamente e visíveis; e
·         verificar se qualquer equipamento especial necessário e/ou implantes estão presentes.
O intervalo permite que quaisquer questões não respondidas ou confusões sejam resolvidas. O intervalo é conduzido no local em que o procedimento será feito, logo antes de iniciar o procedimento e envolve toda a equipe de operação. A organização determina como o processo de intervalo será documentado.


Meta 5: Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde
A organização desenvolve uma abordagem para reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde.

Propósito
O controlo e prevenção de infecções são desafiadores na maioria das configurações de cuidados de saúde e o aumento das taxas de infecções associadas a esses cuidados são uma grande preocupação para pacientes e praticantes de cuidados de saúde. Infecções comuns a muitas configurações de cuidado de saúde incluem infecções do trato urinário associadas a cateter, infecções na corrente sanguínea e pneumonia (frequentemente associada com ventilação mecânica). A chave para a eliminação dessas e outras infecções é a correcta higiene das mãos.

As orientações de higiene das mãos aceitáveis internacionalmente estão disponíveis a partir da World Health Organization (WHO), United States Centers for Disease Control and Prevention (US CDC) e diversas outras organizações nacionais e internacionais. A organização tem um processo colaborativo para desenvolver políticas e/ou procedimentos que adaptam ou adotam orientações de higiene das mãos publicadas e geralmente aceites actualmente e para a implementação dessas orientações na organização.
 (Informação retirada do Site Oficial da J.C.I.).

Emigrar

Nunca imaginei que ficasse tão caro emigrar. Nem que demorasse tanto tempo... A minha Aventura começou no Natal de 2010. Desde então, já investi muito nesta emigração. Antes de dar lucro, dá prejuízo. Tradução oficial de documentos= 500€; Vacina=51,25€;Exames Médicos=80€;Reunião com a Responsável do meu processo=100€(tive a sorte de esta reunião ter sido cá em Portugal,senão teria sido o dobro. Esta reunião é mandatória); Passaporte=65€ ;Visto=10,5€ (registo obrigatório em Site Árabe)+18,5€ . É ainda necessário ter dinheiro para passar o 1º mês em Riade,cerca de 500€. E,como não podemos enviar dinheiro para Portugal enquanto não tivermos o BI Árabe(chamado Iqama), que pode demorar até dois meses a ser emitido, não será pior ter algum fundo de maneio para esse tempo...
Por outro lado, as condições oferecidas pelo Hospital são excelentes:Alojamento grátis no recinto do Hospital,apartamento recheado,contas pagas(excepção feita ao acesso à Internet,que fica por cerca de $22/mês)... Quanto ao salário,dependendo da especificidade do Serviço, poderá ter um acréscimo de até 1000€. Se o contrato for de 1 ano, há um bónus de $2500 dividido em 4 trimestres e. se for por dois anos, são $5000 divididos em 8 trimestres... Além de que, em Riade se consegue viver com cerca de 300 €/mês.
Decididamente caro... Mas vale a pena!!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Riade

Hospital King Faisal-Riade
Pois que então no próximo dia 28 deste mês parto então para Riade. Só mais 15 dias a ouvir português... Espera-me uma Aventura como acho que nunca vivi. Nova Cultura, novo país, novas filosofias de trabalho/cuidados...
Longe de família e amigos,mas vai valer a pena!! Ryiadh, here I go!!

sábado, 11 de junho de 2011

Recta Final

Depois de ter visto a minha partida adiada para Julho, eis que entro na recta final dos meus dias por cá... No próximo mês torno-me habitante de Riade durante um ano.
O Hospital é o maior Centro de Oncologia do Médio Oriente, acreditado pela JCI (Joint Comission International) desde 2000 e, desde 2008, é um Magnet Hospital( programa de erradicação do Bullying/Mobbing no local de trabalho). Irei publicar aqui mais em detalhe o que são estes Hospitais, como se colocam em prática estes programas e a sua eficácia. Até lá... É aproveitar ao máximo este nosso Portugal!! =)